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13.08.2019

Leishmaniose: precisamos falar sobre isso

O nosso post é todo em homenagem ao nosso amigo Stew -  que hoje é uma estrelinha fazendo festa no céu. Stew foi diagnosticado com Leishmaniose - uma infecção causada por protozoários que afetam diretamente o sistema imunológico do pet -, e nos deixou recentemente por conta dessa doença que aflige muitos animais pelo país.

Foto do Stew enviada no grupo Monellovers


A Leishmaniose exige dedicação absoluta dos tutores, por isso, nosso abraço especial é para a Ivanise - a “mamãe” do Stew, que o resgatou e esteve ao seu lado até o último momento, dando amor, cuidado e o suporte adequado para seu grande amigo.

Saiba mais sobre a Leishmaniose em pets:

Sintomas

É importante salientar que a doença pode ficar escondida por algum tempo, sem apresentar sintomas ou sinais de que já está no organismo do animal.

No entanto, perda de peso, pelagem opaca (como se estivesse descamando), falta de apetite, úlceras, isolamento, diarréias e vômitos são alguns dos possíveis sintomas da Leishmaniose. Eles variam conforme estágio da doença e se há um ou mais órgãos já afetados.

Fique atento às patinhas do animal, pois elas podem ficar com um tom mais prateado. Também pode-se notar infecção no local, com formação de uma pele mais grossa e unhas em formato de garras que crescem muito rapidamente.

As lesões na pele do animal são feridas que nunca melhoram, fique atento a isso também. Os olhos dos pets podem ser afetados e chegam a atingir 80% dos cães infectados pela Leishmaniose. Além de tudo isso, o cachorro pode apresentar caroços e gânglios inchados. Hemorragias nasais já foram relatadas em alguns pacientes, assim como a insuficiência renal nos pets com a doença em estágio mais avançado.


Tratamento

É preciso entender que não há um tratamento específico estabelecido, visto que a doença não tem cura total, mas quanto antes levar o animal ao veterinário, melhor será o controle dos sintomas. É possível minimizar o avanço do problema com a ajuda do especialista.

Após o diagnóstico é hora de promover qualidade de vida ao pet, aliviando os sintomas da Leishmaniose.

Embora não haja a eliminação completa do parasita, na maioria dos casos, recomenda-se o combinado de fármacos: um leishmanicida e um leishmaniostático, além de tudo mais que for necessário para que o pet não apresente lesões ou sinais da doença.

Sabemos que esse é um tratamento muito caro ainda, mas temos esperança de que se torne acessível para todos brevemente. Outra opção são as medidas paliativas que focam na diminuição dos sintomas e em manter o pet sem dor.

Prevenção

A Leishmaniose pode ser evitada com a higienização do local, evitando a proliferação do mosquito - que atua principalmente em ambientes ricos em matéria orgânica.

Proteger as janelas com telas pode auxiliar prevenindo a entrada do mosquito.

Além disso, algumas coleiras repelentes já existem no mercado, informe-se com seu veterinário. Muito embora não seja 100% garantido, a vacinação contra a Leishmaniose é uma forma importante e atuante na prevenção. Ela pode ser dada aos aos filhotes com mais de 4 meses de idade e que não apresentam o parasita.
 


Dra. Luana Sartori