Seu melhor amigo já é doador de sangue?
Você já deve ter visto nas redes sociais muitas pessoas pedindo doações de sangue para amigos e familiares, não é mesmo?
Os bancos de sangue costumam estar vazios, mais ainda nessa época do ano onde as viagens de férias acontecem com frequência e o tempo acaba sendo mais curto.
Ocorre que nossos animais também podem precisar de doação em alguns momentos. E os bancos de sangue para pets estão ainda mais defasados, especialmente pelo desconhecimento sobre o assunto.
Por isso, separamos algumas informações fundamentais para você compreender a importância dessa boa ação.
O processo de doação de sangue para pets
A doação para os pets dura cerca de 15 minutos e não possui reações adversas. Grande parte dos tutores não sabe como funciona esse processo tão importante para salvar vidas nos hospitais veterinários, por isso, alguns mitos são alimentados, aumentando a defasagem de doadores cães e gatos nos bancos de sangue.
Por isso, é preciso entender que apenas 450 ml de sangue doado por um cão pode salvar outros em situação crítica, seja por atropelamentos, cirurgias de emergência ou doenças crônicas. Em geral, o processo é muito parecido com o realizado em seres humanos e é extremamente seguro para o cão ou gato doador.
Como funciona a doação de sangue?
Na maioria dos casos, retira-se um pouco dos pelos no local da aplicação da agulha. Isso ocorre se o estiver mais difícil encontrar a veia do animal. Depois, claro, ocorre a antissepsia do local. Após a limpeza, o sangue é coletado diretamente na bolsa apropriada, sob constante agitação para homogeneizar e evitar a formação de coágulos.
Se o tutor preferir, pode ser feita a sedação do pet. Porém, como o incômodo é pequeno se comparado com a grandiosidade do ato e a rapidez do mesmo, administrar sedativos é uma opção somente para os animais realmente muito agitados, que não ficam quietos por um tempo de 15 ou 20 minutos.
Os doadores de sangue com histórico de doenças infecciosas ou que tenham recebido transfusão não podem doar. Afinal, alguns requisitos são necessários para que o procedimento possa acontecer. Entre eles, o peso ideal, a idade recomendada e a condição de saúde do pet.
Idade para ser doador de sangue
Os cachorros que podem doar possuem idade entre 1 e 8 anos, peso mínimo de 27 kg e devem estar com vacinação e vermifugação atualizadas, controle de carrapatos e pulgas em dia e, preferencialmente, devem ter comportamento tranquilo.
Para o caso das fêmeas, é proibida a doação se estiverem prenhes ou no cio. Todos os animais passam por criteriosos exames clínicos e laboratoriais, momentos antes da coleta das bolsas de sangue, visando assim atestar a saúde do doador de sangue.
Os mesmos requisitos são obrigatórios para felinos doadores. Porém, os gatos devem ter entre 1 e 7 anos e peso mínimo de 4 kg.
Tipagem dos pets, o que é preciso saber?
Outra grande dúvida dos tutores é sobre a tipagem dos pets. O processo de transfusão precisa ser entre animais da mesma espécie, independente da raça. Enquanto nós, humanos, temos sangue dos tipos A, B, AB e O, os gatos contam com três tipos sanguíneos e os cães possuem 13. É essencial que o veterinário responsável pelo procedimento avalie criteriosamente esses precedentes antes de realizar a transfusão sanguínea.
Os cães vítimas de hemoparasitoses como, por exemplo, a doença do carrapato, e de linfomas são os que mais precisam de doações. No caso dos gatos, a leucemia felina é a principal urgência para bolsas de sangue.
Porém, atropelamentos, picadas de cobras, intoxicações, problemas renais e no pâncreas também demandam necessidade de transfusões.
É fundamental que os tutores se informem sobre esse procedimento e contribuam para podermos salvar mais vidas. Muitos têm medo porque ainda desconhecem o procedimento. A ideia de dor e sofrimento para o doador é comum, mas completamente equivocada.
Bancos vazios durante as férias
Os bancos de armazenamento para animais costumam ficar vazios em alguns períodos como verão, por exemplo, quando as pessoas saem de férias e deixam de levar os animais para doação.
Além disso, neste período, as hemoparasitoses aumentam muito, triplicando a demanda por bolsas de sangue. Estamos falando de salvar vidas de fato, visto que a falta de bolsas de sangue é fator decisivo na vida ou morte de um paciente que precisa de ajuda.
Para os tutores que desejam tornar seus pets doadores de sangue, recomendamos que procurem um veterinário de confiança para essa indicação. “Não é difícil encontrar um animal que esteja precisando de doação, menos ainda uma clínica ou laboratório que faça com segurança esse procedimento.
A gente nunca sabe quando nosso pet vai precisar de uma intervenção mais séria, por isso, fazer a nossa parte é uma obrigação necessária para o bem de todos eles. Além disso, alguns laboratórios especializados oferecem uma triagem de exames completos para o cão ou gato que quiser se tornar doador. Além de estar ajudando outros pets, você fica atualizado sobre a saúde de seu animal, sem custo nenhum.